Gostei deste texto e compartilho com os meus amigos.
C. M. 04-04-2013
A VELHACA DA NARRATIVA
Existe uma narrativa que desfaz governantes e amarra países a destinos ingratos.
A narrativa é cruel e não respeita ninguém. Anda em roda livre e tem palco garantido nas televisões e nos jornais.
A narrativa é caprichosa ciumenta e descarada.
Não tem amigos, faz acordos de conveniência e deixa cair aliados à mínima desconfiança.
É perigosa e canalha, mas tem uma legião de seguidores fieis que a acompanham para onde quer que vá. Tem até um séquito de profissionais que cuidam dela, que a tornam coerente e lucida e que a ajudam sempre que ela fraqueja.
Os especialistas da narrativa sabem as regras do jogo e gostam de jogar, porque sabem que a narrativa também sabe ser generosa para aqueles que a tratam bem.
A narrativa tem cadastro. É longo e feio. Aqueles que se consideram suas vítimas são muitos, e têm graves sequelas. Alguns não recuperam nunca das mutilações sofridas, e arrastam-se penosamente até ao fim dos dias. Outros preferem uma solução mais radical. Poucos tentam retaliar.
Odiada por uns e adorada por outros, a narrativa tem sobrevivido sempre.É que a narrativa tem um nome; chama-se História.
MIGUEL ALEXANDRE GANHÃO
Subchefe de redação C.M.
C. M. 04-04-2013
A VELHACA DA NARRATIVA
Existe uma narrativa que desfaz governantes e amarra países a destinos ingratos.
A narrativa é cruel e não respeita ninguém. Anda em roda livre e tem palco garantido nas televisões e nos jornais.
A narrativa é caprichosa ciumenta e descarada.
Não tem amigos, faz acordos de conveniência e deixa cair aliados à mínima desconfiança.
É perigosa e canalha, mas tem uma legião de seguidores fieis que a acompanham para onde quer que vá. Tem até um séquito de profissionais que cuidam dela, que a tornam coerente e lucida e que a ajudam sempre que ela fraqueja.
Os especialistas da narrativa sabem as regras do jogo e gostam de jogar, porque sabem que a narrativa também sabe ser generosa para aqueles que a tratam bem.
A narrativa tem cadastro. É longo e feio. Aqueles que se consideram suas vítimas são muitos, e têm graves sequelas. Alguns não recuperam nunca das mutilações sofridas, e arrastam-se penosamente até ao fim dos dias. Outros preferem uma solução mais radical. Poucos tentam retaliar.
Odiada por uns e adorada por outros, a narrativa tem sobrevivido sempre.É que a narrativa tem um nome; chama-se História.
MIGUEL ALEXANDRE GANHÃO
Subchefe de redação C.M.
6 comentários:
Também gostei.
Um abraço e bom fim de semana
Obrigada pela partilha
Abraço para vós
Obrigado minhas amigas pela vossa visita e um bom fim de semana
Abraços Jrom
A história tem muitos nomes.
Umas vezes elucida-nos, outras baralha-nos!
abraço amigo
Obrigado Zé por partilhares.
Perdoa-me a curiosidade: - que tem a ver o homem da foto ( Francisco José Viegas) com este texto?
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