GREEN KNIGHT


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terça-feira, 19 de março de 2013

Tempos difíceis no passado

O Azeiteiro com a carroça e o macho.


Em 1960, era mais ou menos assim

Da rua vinha um som agudo de corneta. Era o Azeiteiro do Aveloso com uma carroça puxada por um macho, que se aproximava pela estrada de terra batida. Um bando de rapazes e raparigas aparece aos pulos e a gritar: "Olha o Azeiteiro! Olha o Azeiteiro !"

O Azeiteiro e o" Carrão "do petróleo da SACOR que vinha fornecer o petróleo às mercearias eram as grandes atracções dos mais pequenos.

A primeira paragem do azeiteiro era na aldeia nova, depois no Adro e ultima era em frente da casa do Carlitos.

As mulheres juntam-se, “Bom dia, ti João”. O Ti João desce da carroça. Uma das mulheres traz um garrafão de cinco litros e pede petróleo. O Ti João puxa da marreca, que é uma vasilha com um bico e um funil, enfia o funil no gargalo do garrafão e vaza o tal líquido corde-rosa .

Outra mulher traz uma garrafa e pede meio litro de azeite. Azeite? Então um petrolino não vende só petróleo? Que mais venderá? Dava-mos a volta à carroça. Olha! Até tem chapa de matrícula! Entretanto o Ti João tinha pegado na marreca do azeite, com o respectivo funil, e vazado azeite da medida para o funil com todo o cuidado, não fosse perder-se alguma gota! Depois guardou a medida dentro da marreca.

A cliente seguinte quer um quilo de sabão. E também solta um “Dê-me lá um quartilho de aguardente”. O Ti João pega na faca e corta uma porção da barra de sabão, que pesa na balança. Acertou!

Tem muita prática. Depois, com um medidor, avia a aguardente de um barril.

Depois de estar tudo aviado o petrolino puxa a cabeçada, e a mula sacode a guizeira que traz ao pescoço, fazendo tilintar os guizos. A carroça retoma a marcha e lá vão até à próxima aldeia que neste caso era a Castanheira , anunciando a sua presença a toques de corneta.

Com o tempo as coisas foram-se modernizam-do e por fim o sr João, trocou a carroça e o macho por uma carrinha FORD e ai havia muitas mais coisas para vender, alem do petróleo, azeite sabão....

trazia também mercearia.álcool etílico, piassabas, vassouras, penicos, palha de aço.........


Publicada por José Mateus ás 13:16

Na Amadora também era assim nesse tempo

4 comentários:

Elvira Carvalho disse...

Um retrato de uma época passada, muito bem descrita.
Um abraço e tudo de bom

São disse...

Parabéns pelo regresso e pela nova decoração assim como pela estória!

Um abraço para vós.

Evanir disse...

Que, na Páscoa, nossa fé seja revigorada pela
certeza de que Cristo ressuscitou e está entre nós.
O sentimento de Páscoa não termina,
ele sinaliza um novo começo da primavera
e a vida marca nossa amizade.
Feliz Páscoa Deus abençoe
tremendamente sua vida.
Beijos na alma carinhos no coração.
Tem mimo na postagem caso gostar fica
a vontade para pegar..
Evanir..

Catarina disse...

Tal como essas, tantas outras “profissões” foram desaparecendo ao longo dos anos.