GREEN KNIGHT


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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

EMIGRAÇÃO

A TOLERÂNCIA EMIGRAÇÂO


Os portugueses quase sempre foram uma nação de emigrantes. A pobreza rural, a falta de oportunidades, a fraca alfabetização, a fuga a cenários de guerra «Ultramar Português», um regime autoritário, levaram milhares de compatriotas lusos a saltar fronteiras num gesto que levou a sua expansão quase pelo mundo inteiro.

Com esta Pátria quase madrasta, onde o sustento foi muitas vezes vislumbrado nos prazos africanos, nos ouros do Brasil e nos escombros europeus.

Somos ainda uma nação de emigrantes.

A emigração económica continua a sangrar o país profundo e deprimido.

O grande Lá fora seduz e promete obstar à miséria, porém por essa Holanda, e Inglaterra França e Alemanha de uma certa maneira esperam, nos dias de hoje mais qualificação nos seus imigrantes.

Se na minha mente existe, algum pseudo-preconceito será por aí, os países que para si têm algumas normas e para outros países mais pobres, as coisas não são bem assim.

Há também a nova emigração. O escoamento das cabeças pensantes (fuga dos cérebros, embora não goste da expressão) e dos profissionais altamente qualificados, altamente especializados que vêem toldadas as suas ambições pela falta gritante de investimentos numa coisa tão simples como o pensamento.

E uma nação que não pensa é uma nação, que definha, mesquinha e atrofiada.

Contudo neste país já não se fala da emigração, fala-se sim da imigração.

E nós que nos achávamos uma nação de emigrantes, passámos a nação de imigrantes, um pouco como a Irlanda com cujas lições muito teríamos a aprender.

Vemo-los aí, distintos do nosso padrão rácico; compleições negróides e mestiças e cabelos encrespados e grossos a fazer notar a ascendência africana e brasileira, olhos azul de gelo e cabelos finos e claros vindos de um Leste imenso e vago. Com eles vêm novos sons, novos paladares novas sonoridades na nossa língua latina, trazem o choque cultural tão necessário ao globalismo. E trazem também a ansiedade social

É difícil falar disto. É difícil admitir xenofobia num país, que se orgulha dos seus brandos costumes. É difícil ter posições indiscutíveis e dizer, que com a imigração chegam as máfias, os surtos criminosos os esquemas e ilícitos da economia paralela, as clandestinidades. E ainda é mais difícil afirmar que quando dizíamos que outros países, a braços, com vagas imensas de imigrantes, eram frios para os estrangeiros.

Claro! Ainda somos em geral imaturos, mas como o fenómeno nos entrou pela porta dentro, vamos apelar aos brandos costumes e também à nossa sempre bem referida hospitalidade e termos em conta de que como emigrantes, Portugal tem neste momento cerca de 5,5 milhões de compatriotas de origem portuguesa, talvez até tenham aumentado nos últimos tempos, espalhados pelo mundo.

Ao que me interrogo é o seguinte; Quando se vão pensar politicas consistentes e sérias em relação à imigração? Será que os casos passados nas grandes aglomerações urbanas noutros países não nos servem de alerta? Pois é neste país não se investe no pensamento!

As vistas são curtas e o que pode esperar não se trata hoje.

Como se não bastasse, esta nossa triste sina, o mundo global, apenas nos dá sinais de uma capitalização de monopólio, criando nos outros países uma contenção em receber mais trabalhadores.

Por muito otimismo que se possa ter é difícil vislumbrar soluções que nos levem à ambicionada esperança no futuro.

4 comentários:

Elvira Carvalho disse...

É amigo este país não é para os jovens nem para os de meia idade e muito menos para os velhos. Aqui só se safam os banqueiros e os politicos.
Um abraço

Green Knight disse...

Infelizmente é verdade!Quer queiramos ou não toda esta gente são parte de nós,a geração que veio do menos para mais e na maior parte deles as suas origens são de gente humilde, que lhes proporcionou a possibilidade de estudarem ou não.O que é que está errado?Será que a idade desta gente parou e não vão ser idosos?
Um português tem de sair do seu país devido a estas pessoas, que são sempre iguais às de outro passado? Tudo se repete?
Bom fim de semana
Um beijinho da Mariana e jose romano

Kim disse...

É um fenómeno que eu conheço relativamente bem.
Apesar de tudo temos aqui duas situações diferentes.
Enquanto que, desde sempre, quem emigrava partia à procura duma vida melhor, hoje tem mais a componente de quem não tem emprego e por isso emigra.
Inevitavelmente, esta última, acaba por assimilar as duas.
Não deixa de ser preocupante, pois é aqui que os cerebros de que falas se arriscam a vingar na primeira linha da estranja.
Abraço amigo

SEVE disse...

A propósito da emigração dos portugueses para França, nos anos 60, recomendo-vos este livro do José Luís Peixoto: "LIVRO".